18/12/2005

idade natal

ritos de passagem, paisagens de mitos: passando isso e aquilo, aquele isto passa, e torna-se um sempre na medida do futuro. como fases; mas acho que nunca dá 'level completed', sempre há algum item ou informação pra buscar em lugares já passados, até porque esses lugares já são outros, e o jogador também. apenas abrem-se novas possibilidades, na medida do possível, que é a medida do real, ou seja, uma grandeza se não infinita, ao menos incalculável. são ciclos mais abrangentes, e ao mesmo tempo, mais centrados. sem traves; nos olhos ou em cercados. um horizonte onde se está, e outro (ou o mesmo) onde não se está, mas se vê. vem. bem vindo seja, e que asim seja, o sol nascente, um solstício de verão; verei e virão sóis e sóis: "oh estrelas, vós sois". sendo a mim, clareio e aqueço.


04/12/2005

retrospectivas de fim de ano

"já fui macaco em domingos glaciais..". agora, andando na areia: desertos e ampulhetas. túneis do tempo, miragens, oásis, segundos e primeiros. entre fósseis de um antigo oceano, plantando uma nova geração de florestas. quando não há estradas, toda direção é caminho, e é mais fácil escolher pra onde se vai do que quando em uma encruzilhada. e quando queimei meus pés com a areia, vi que cada grãozinho é uma pedra preciosa, e acompanhei o vento escalando dunas. e sabendo que a superfície é um fundo do mar no qual nossos pulmões são como brânquias, prendi a respiração; depois, suspirei. então choveu uma poesia serena, e conversando com ela, pude mergulhar nos céus, e depois voltei por um tobogã de sete cores. encontrei então um tesouro, e fiz amizade com seu guardião. ganhei dele uma esmeralda, e plantei ela no chão, e o deserto virou um jardim. "como um girassol, como um girassol... amarelo", rodopiando no caleidoscópio de meus olhos, superando as vertigens das dobras de meu cérebro, gingando no ritmo do meu pulso, aqui estou.