18/03/2006

uma nuvem que passa, no deserto, é como um táxi: siga aquele carro. glória e prosperidade, a roda, o fogo e o aço: correr atrás de vento, mas o moinho não pode ficar parado. no mais, há pão suficiente com os ventos que veêm, com aromas nunca antes vistos; e também brisas que cantam: "terra à vista!". sim; terra firme: a casa é na rocha, a árvore em solo fértil. em se plantando, tudo dá, e a fotossíntese se faz no anonimato. respirar é viver. e respirar fundo, suspirar, ofegar, fazem parte; e o perfume exala e inspira; e toda crise de espirros trazem no final o alívio da bonança; e então se dá o equilíbrio da balança, e o negócio é fechado, e aberto o horizonte; e o vértice fica firme e estável no chão, até que os céus o separem, e o (a)colham.

09/03/2006

entre os assuntos especificamente humanos, está o preocupar-se com assuntos não especificamente humanos.

03/03/2006

com licença, com licença, o silêncio pede a voz. não perde a voz, mas mantém c'alma a língua, e o paladar se torna mais saboroso. para dar mais gosto de se ver; e que não apenas se veja, mas se seja, ou seja, já-se-é. e que assim seja; mais uma vez, era uma vez, essa é vez; essa é a voz, esse é o t'om. bons dias, bem-ditos.