31/07/2008

"agora vem, e como de homens e mulheres de muitos prantos noturnos rebentos trouxe à luz separando-se o fogo, destes ouve; pois não é mito sem alvo e sem ciência." [Empédocles, Simplicio, Fisica, 381, 29]

28/07/2008

sobre o surgimento do animal racional: encarar a verdade como pertencendo ao logos, como uma propriedade do logos. "discurso" e "medida" como condiçao necessaria da verdade.
o logos nao é visto como uma lente que permite um certo olhar ao incomensuravel , ou um mero meio de dar sentido ao incomensuravel.
nao ha incomensuravel.
o desencantamento do mundo refere-se à cisão da psique consciente do inconsciente, e da consequente utilização exclusiva de projeçoes tipicas do consciente (mecanicismo, razao instrumental) no mundo. o mundo é uma superficie, o mundo é obvio, o mundo é lógico; o mundo é a=a e a ou não a. as projeçoes de sentido de complexos psíquicos que não sejam adequadamente compatíveis com o logos sao tidas como fantasia e delirio, tolices e inutilidades (razão como divindade tirânica no panteão psiquico). o homem passa a ser exclusivamente sua "consciência", sua casca, e o mundo tambem uma casca, conhecida e segura – tudo sob controle [o mundo é completamente mensurável, calculável e previsivel - o mundo torna-se metron, apenas o que pode ser medido com a medida humana! “o homem é a medida de todas as coisas”, especialmente quando possui conhecimento objetivo das coisas].
Desde então o mundo é a crosta terrestre: ignora-se o oceano de lava, e os vulcoes sao patologias.
porem parece que é o logos que possibilita um certo tipo de consciencia, e essa consciencia que possibilita um certo tipo de escolha, que por sua vez é um certo tipo de liberdade. abandonar a racionalidade nao apenas é irracional, é indesejável.

21/07/2008

e Goethe diz: “todas as coisas são metáforas”
e a metáfora diz: todas as coisas são Goethe
e as coisas dizem: Goethe é uma metáfora