27/11/2006

12/11/2006

"Uso a palavrapara compor meus silêncios.Não gosto das palavrasfatigadas de informar.Dou mais respeitoàs que vivem de barriga no chãotipo água pedra sapo.Entendo bem o sotaque das águas.Dou respeitoàs coisas desimportantese aos seres desimportantes.Prezo insetos mais que aviões.Prezo a velocidadedas tartarugasmais que a dos mísseis.Tenho em mimesse atraso de nascença.Eu fui aparelhadopara gostar de passarinhos.Tenho abundânciade ser feliz por isso.Meu quintalé maior do que o mundo."
(Manuel de Barros)