25/09/2007

é como estar engajado em causas psicológicas: afetos e desafetos, estados de consciência e estados de inconsciência, falas e silêncios, comunicações e incomunicações. e isso só no que se refere ao observar, ou aprender a ler, ou ouvir, ou se conhecer. depois, ainda há o controlar, o induzir, o inimigo e o aliado, o perder-se e o ganhar-se. no meio ainda há um ideal, seja de integridade, seja de autenticidade, de saúde, de alguma coisa. no fim, é um tudo o que está em jogo, pois foi do psicológico que tirei o "o que" sou, ou o principal ao menos.
é como estar engajado com qualquer ideal: comprometimento, "entrega", fidelidade, responsabilidade. o problema é o ideal assumir autonomia frente àquele que o busca, pois a principio é mesmo necessário um certo "submeter-se ao ideal" para haver engajamento, senão o máximo que ocorre é um flerte, e não acasalamento. e no caso desse engajamento, o ideal tem que sofrer necessariamente adaptações também, pois o ideal é posto justamente pelo sujeito que através do ideal se descobre e se cria, ou seja, se modifica. porém, dados a entrega e fidelidade ao ideal, surge um conflito, como uma ameaça de traição, de motim ou de abandonar o navio. até porque logo se entende que uma coisa é o ideal, e outra os meios, ou eventualmente o longo caminho, para se chegar ao ideal. mas enfim, no momento o que vale acho que é aquela história, de que quem tem pressa anda devagar, porque esse territótio é gelo fino, é beira de abismo, é montanha escarpada.

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