21/09/2007

os ciclos terminam, por isso mesmo são ciclos, mas é preciso que os ciclos se liguem, e nao fiquem fechados em si mesmos, senão nao vai dar espiral, mas apenas repetição, e o que ficaria seriam também fragmentos, como segmentos isolados. é preciso dar continuidade, retomar para prosseguir. esquecer é como um suicidio, a identidade que foi "some", e apesar de poder ter influência presente, pelo esquecimento torna-se uma "potência desconhecida", algo nao-visto, nao-aberto, um nao-ente, um nao-eu, ou um fantasma oculto, ghost in the shell. nada pode ser simplesmente renegado, mesmo aquilo que será abandonado nao deve ser esquecido, é preciso enterrar e prestar homenagem aos mortos, ou eles viram assombração. em estado de graça pode-se deixar que os mortos que enterrem seus mortos, mas em vias crucis é preciso sepultamento. ou ao menos despedida, tipo "adeus, até um dia quem sabe", porque na verdade nada morre nem nasce, tudo se transforma. alem de tudo sao vários materiais, simples e complexos que seguirão na continuidade; transformar o ciclo do transmutar em fases do experimento, re-ciclo

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